sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Lanterna



Um homem caminhava apressadamente em plena noite e, ao virar uma esquina, tropeçou violentamente com outro que segurava uma lanterna. O que tropeçara começou a repreender o outro com maus modos e já ia dar-lhe um murro, quando se apercebeu de que ele era cego. Então, perguntou:

- Por que diabo anda com essa lanterna se é incapaz de ver seja o que for?

o cego repôs:

- Para aqueles que, tendo olhos, deviam ver, mas nada vêem. para que não sejam tão negligentes. Precisamente, para que me possam ver a mim em vez de chocar comigo.

Quantas vezes reclamamos a atenção dos outros e nem sequer temos a nossa alerta! A atenção ajuda-nos aqui, agora e em qualquer circunstância. Alerta, mas sereno; atento, mas tranquilo. A mente atenta e calma é a mente meditativa, que se abstrai do rebuliço e da dispersão e abre os sentidos para a realidade imediata.

Fonte: Texto retirado integralmente do livro, «Os Melhores Contos Espirituais do Oriente», de Ramiro Calle, edição Esfera dos Livros.

Sem comentários: