Há não-acontecimentos absolutamente geniais. O último caso deve-se a esta belíssima senhora, de nome Maitê Proença, neta de português, ao que parece, e profissional de renome e talento inegável.
Acontece, porém, que a dita senhora gravou um vídeo humorístico a satirizar os portugueses, e uma parte significativa das pessoas não gostou. Devo confessar, em primeiro lugar, que sempre admirei o trabalho desta actriz, nomeadamente desde que a vi contracenar no filma A Selva de Leonel Vieira, baseado na obra homónima de Ferreira de Castro, vi e gostei do que vi. Em segundo lugar, não acho que as pessoas devam pessoalizar e individualizar o referido trabalho de sátira e não devam confundir a comédia com a realidade. Em terceiro, algumas virgens ofendidas deste país são precisamente algumas daquelas pessoas que generalizam e estereotipam os brasileiros de: burros, ladrões e prostitutas. Confesso que a conversa me mete nojo. Se bem que é inegável um sentimento mútuo de estranheza, os portugueses e os brasileiros devem compreender que são e vivem realidades completamente distintas, ambos não são uma e a mesma coisa mas sim realidades diferentes; há uma passado em comum, é certo, mas o futuro é o que nos espera, nomeadamente na tentativa de superar a nossa solidão, pois sozinhos não somos nada e, em bases de amizade, construir esse bom futuro. A actriz tem razão, é preciso sabermos rir de nós mesmos, e não vem mal ao mundo a ironia e a sátira serem usadas para a comédia. Não podemos deixar de rir com defeitos que sabemos ter. A verdade é que a porcalheira é evidente e não vou descrever factos, e enquanto os portugueses não se indignarem com quem incivilizadamente permanece na dita pocilga, daremos azo a que se riam de nós. Mas também aqueles que se riem de nós, tendem a esconder os olhos da sua própria realidade.
É preciso não esquecer tudo isto, mas tomar isto como um bom exemplo daquilo que podemos mudar. A culpa não é de Maitê Proença. A comédia, mesmo que insultuosa, não pode ser culpabilizada de nada. É certo que não somos perfeitos, mas a base é melhorar.
Acontece, porém, que a dita senhora gravou um vídeo humorístico a satirizar os portugueses, e uma parte significativa das pessoas não gostou. Devo confessar, em primeiro lugar, que sempre admirei o trabalho desta actriz, nomeadamente desde que a vi contracenar no filma A Selva de Leonel Vieira, baseado na obra homónima de Ferreira de Castro, vi e gostei do que vi. Em segundo lugar, não acho que as pessoas devam pessoalizar e individualizar o referido trabalho de sátira e não devam confundir a comédia com a realidade. Em terceiro, algumas virgens ofendidas deste país são precisamente algumas daquelas pessoas que generalizam e estereotipam os brasileiros de: burros, ladrões e prostitutas. Confesso que a conversa me mete nojo. Se bem que é inegável um sentimento mútuo de estranheza, os portugueses e os brasileiros devem compreender que são e vivem realidades completamente distintas, ambos não são uma e a mesma coisa mas sim realidades diferentes; há uma passado em comum, é certo, mas o futuro é o que nos espera, nomeadamente na tentativa de superar a nossa solidão, pois sozinhos não somos nada e, em bases de amizade, construir esse bom futuro. A actriz tem razão, é preciso sabermos rir de nós mesmos, e não vem mal ao mundo a ironia e a sátira serem usadas para a comédia. Não podemos deixar de rir com defeitos que sabemos ter. A verdade é que a porcalheira é evidente e não vou descrever factos, e enquanto os portugueses não se indignarem com quem incivilizadamente permanece na dita pocilga, daremos azo a que se riam de nós. Mas também aqueles que se riem de nós, tendem a esconder os olhos da sua própria realidade.
É preciso não esquecer tudo isto, mas tomar isto como um bom exemplo daquilo que podemos mudar. A culpa não é de Maitê Proença. A comédia, mesmo que insultuosa, não pode ser culpabilizada de nada. É certo que não somos perfeitos, mas a base é melhorar.
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