Obra maior da literatura Inglesa, «O Monte dos Vendavais» ou «Abismos de Pasion», como lhe chamou Buñuel, é um assombro, talvez seja a maior história de amor da literatura mundial. O Amor cruel, louco, imortal, destrutivo e imoral de Kathy e Heathcliff ficará para a história das letras como o mais profundo e sincero alguma vez retractado pelo homem. É a demonstração de genialidade artística de Emily Brontë. Heathcliff jamais sairá da nossa memória, onde permanece com um carinho, uma ternura e uma compreensão estranha. Como é possível gostar de Heathcliff? Estranho é que a razão nos faz gostar dele, mesmo sendo cruel, frio e duro como o rochedo mais exposto á névoa invernal. Heathcliff simboliza o verdadeiro homem nas profundezas da injustiça, da solidão, do ciúme e da cólera. Mas ele será sempre o nosso herói.
Os ventos uivantes trazem sempre notícias duras para o homem. Lembra-lhe sempre a sua menoridade, a sua insignificância perante a natureza e perante os sentimentos. O homem não controla nada, é sempre devastado pela sua própria volitude.
Wuthering Heights é o relato figurado da realidade do mundo e da condição humana. Retracta o homem perante o seu espelho, perante a sua própria imagem.
O arrependimento fez de Catherine uma grande mulher, mas Heathcliff permanecerá sempre na nossa memória. Ele simboliza nós mesmos perante a nossa própria condição.
Para quem não leu e para quem não viu, é absolutamente obrigatório.
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