quarta-feira, 23 de julho de 2008

A caminho do pecado

Os mortos de Pequim (Beijing)!

A sonoridade de Beijing é terna, doce, suave, de aroma a morangos silvestres e a amoras roxas.
É porventura, nesta capital do norte, que se dará o maior acontecimento desportivo do ano, em todo o mundo: os Jogos Olímpicos.
Desfilarão de bandeira em riste, inúmeras nações ditas democráticas e paulatinas dos direitos humanos, mas nenhuma vociferou o que quer que fosse. Faltam 15 dias!!!

Montado num espectáculo dantesco, continuará o mundo maravilhado pela política repressiva e folclórica de um governo (dito comunista!!!) contra 1/6 da humanidade. Tudo passa...

Como diria Marx e muito bem, o pior inimigo do comunismo são aqueles que se dizem comunistas, sem o serem. Aqueles que aproveitam-se de uma filosofia perfeita e impõem a um povo, uma política surreal de proveito próprio.

Quando a supremacia do bem próprio esmaga o bem comum, tudo acaba por ruir, não só a vida mas a própria noção de vida; não só os valores, mas a própria noção de valores; não só a natureza mas tudo aquilo que ela representa e que a constitui. Perece diante do homem tudo aquilo que foi construído, e o Bem e a Justiça permanecerão para a eternidade como mitos de um saber inalcançado.

É tempo de agir! É tempo de mudar!
O tempo urge!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

'A Morte de Ivan Ilitch'

«'-Acabou-se!
Acabou-se a morte... já não existe.'
Inspirou o ar, parou a meio de um suspiro,
esticou-se e morreu.»

A morte de Ivan Ilitch, revelou-se para mim, como o maior de todos os livros acerca da experiência da morte. Os pormenores, os movimentos, as ideias, o murmúrio e o desespero, dos dolorosos processos iniciais e da certeza profunda do fim.

Lukacs estava enganado, isto é verdadeiramente um livro de morte, o livro da morte, uma evidência e não uma negação, uma contemplação e não um renegar do facto.

Tolstoi suscita em nós, uma dor profunda duma experiência revista apenas nos outros. A alteridade permite-nos vivenciar no outro a maior e mais fantástica de todas as transformações, aquela que é única e última, que subjaz em nós, todo o significado de existência, que purifica e regenera o nosso próprio espírito.

Ivan ilitch era um grande homem!
A sua morte reveste-se de um profundo sentir, de um profundo espaço de amor e dor.

A morte de Ivan Ilitch é sem sombra de dúvidas, a mais perfeita e sincera novela da literatura mundial.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Drawing It out

drawing_it_out Verdadeira obra prima na compreensão dos estudos psicadélicos.

Através duma a experimentação real e in-loco, Sherana Harriette Frances viveu, escreveu e retratou neste magnífico livro, as suas próprias experiências com substâncias alucinogénicas, nomeadamente com a dietilamida do ácido lisérgico, mais conhecido como LSD-25.

As suas experiências libertadoras permitem compreender e interpretar de forma genuina esta problemática, capaz de fazer-nos interrogar acerca do sentido dos verdadeiros sentidos.

Drawing it Out é uma obra absolutamente obrigatória, para quem, como eu, quiser contemplar o retracto de uma mulher que correu o risco de se libertar das garras prisioneiras do medo e da incertaza, e navegar pelo desconhecido rumo á libertação dos sentidos pela consciência.

Drawing It out é o retrato mais sublime dum mundo potencialmente real, inacessível ao homem comum, limitado nos seus próprios sentidos.

Quereremos e saberemos transpor a barreira da libertação?